No livro best-seller, os astros sempre nos acompanham, a autora começa o livro tomando as primeiras notas sobre signo ascendente na leitura do mapa astral. Ali, descobre-se facilmente a terra; o único planeta que não se encontra nas proximidades limites da mandala, porém está no centro.
Contudo, a autora pontua sobre aquele que “é muito falado, mas pouco compreendido”; o signo ascendente. É sobre ele que faremos um pequeno esforço para jogar luz.
O plano terrestre é dividido em quatro eixos (ou cardos) principais. Oeste, leste, norte e sul. Estes pontos são muito importantes, pois deles surgem dois pontos essenciais. Os de signos cardinais (palavra do latim cardos; significa– eixo ou principal). E, também, são dos signos cardinais que iniciam as estações do ano. Lembremos: Áries no equinócio da primavera no hemisfério norte e no outono no sul. O Câncer está associado ao solstício do verão no hemisfério norte e ao inverno no sul. O Libra está associado ao equinócio de outono no hemisfério norte e a primavera no sul. E o Capricórnio no solstício de inverno no hemisfério norte e ao verão no hemisfério sul.
Delimite do Signo Ascendente
Daqui fica fácil delimitarmos o signo ascendente. O signo ascendente é, por sua definição, o signo que “nasce” no leste do horizonte do signo solar.
Essa definição que para muita gente parece meio esquisita, diz muito.
Voltemos ao que foi dito no tópico acima. Se observarmos o mapa na sua visão estruturada, inicialmente, temos que os quatro pontos cardinais (ou cardeais) apontam para quatro regiões. Ao mesmo tempo em que, podemos utilizar as casas astrológicas e seus signos angulares como parâmetro: casa 1 (Ascendente – Áries), casa 4 (Fundo do Céu – Câncer), casa 7 (Descendente – Libra) e casa 10 (Meio do Céu – Capricórnio). Pensando no início, no leste, em Áries. O oposto é o ponto cardinal do oeste, em Libra. E norte e sul, respectivamente, Câncer e Capricórnio.
Estes quatro pontos são essenciais ao estudo do mapa astral e do signo ascendente, pois lançam a coordenada que deve ser utilizada para orientação no mapa natal, ao encontro do signo ascendente.
Por exemplo, se anteriormente dissemos que o ascendente está ao leste do signo solar (seguindo o parâmetro inicial lançado no tópico anterior / Libra – casa 7 – descendente – oeste), sabemos que a casa ascendente está ao leste da casa 7 de Libra. Encontramos, então, um ascendente para Libra? A resposta parece simples. Na linha leste do horizonte, que tem Libra como signo solar, é possível ser Áries seu ascendente. Mas, é claro, que isso só ocorreria em um mundo em que o mapa estivesse desvinculado da mecânica celeste e estático! Vamos tentar entender, pelo menos, os efeitos da mecânica celeste no próximo tópico e como isso funciona com o signo ascendente.
No Leste do Horizonte Aponta o Signo Ascendente
A pergunta que pode surgir agora é: ascendente é a casa ascendente, ou seja, a casa 1? Pelo princípio da singularidade, onde cada um nasceu em lugar e horário diferentes, não podemos considerar um mesmo ascendente no mesmo local (mesma casa). E pelo que foi levantado anteriormente, a mecânica celeste não permitiria este absurdo, que casa 1 e signo ascendente fossem a mesma.
Por isso, é preciso compreender que o mapa astral (ou natal) é uma representação, uma fotografia do instante exato do nascimento e, ao mesmo tempo, entender que a “foto” foi tirada de coisas – corpos celestes – em movimento e vibração.
Portanto, quando o signo ascendente pinta no leste da linha do horizonte do signo solar, significa que diante de cálculos precisos desenvolvidos pelos astrólogos (que não entraremos no mérito da questão) feitos para determinar a localização exata dos planetas nas casas, tornou isso visível e, então, agora sabemos a localização e, assim poderemos realizar a interpretação do mapa.
E no mapa, a regra será a mesma: para descobrir o signo ascendente é necessário saber o signo solar. Depois, apenas aponta-se para o leste, e vê-se qual signo está a “nascer” por lá.
O Nascimento do Signo Ascendente
A cúspide, isso mesmo, essa palavrinha meio estranha é a linha ou ponto inicial de uma casa astrológica. Cada casa astrologia tem a sua cúspide. No momento do seu nascimento, ao saber a hora, a coordenada geográfica da sua localização e a data saberemos também o seu signo solar. Ele que irá indicar ao leste qual signo estava “nascendo” no exato momento. O signo que estava nascendo no seu nascimento, naquele momento, será o seu signo ascendente. Portanto, se o dia determina o seu signo solar, o signo ascendente é determinado pelo horário.
Mas como um signo nasce? É uma boa pergunta! A verdade é que ele não nasce, porém cruza a cúspide naquele horário e dizemos que ele “nasce”, pois a partir dali o mapa astral se constituirá. É a partir da designação do ascendente que cruzou a cúspide que determinaremos o ponto inicial das casas daquela pessoa.
Ou seja, se meu signo é Libra e meu ascendente é Áries, dizemos que o signo passou ou cruzou a cúspide de Peixes (última casa, a 12) para Áries (casa 1) na exata hora do meu nascimento. E, assim, todas as casas e setores da minha vida serão distribuídos no sentido anti-horário no mapa, a partir do meu ascendente, que no caso é Áries.
Daí a distribuição das casas. Para alguém do signo solar Escorpião, talvez tenha um ascendente em Touro. A casa 1 (casa ascendente) estará com Touro, porque Touro pintou na cúspide da casa do horizonte no instante exato do nascimento da pessoa. E, assim, as outras casas se seguirão no sentido anti-horário, a partir de Touro, formando as doze casas astrológicas da pessoa.
A Influência do Signo Ascendente na Personalidade
Depois de ter visto a importância do signo ascendente na constituição do mapa astral, agora nos preocupa os fins práticos disso.
Todo mundo já ouviu alguém falando: “olha, o signo ascendente é o que manda na coisa toda”! Ou, “depois dos 30 anos, o ascendente é dominante”.
Então, não acreditamos que os “astrólogos” aqui estejam corretos. O ascendente não é o signo que manda na coisa toda, nem é predominante na personalidade depois dos 30 anos. Qual o papel do signo ascendente na personalidade?
Com o entendimento que tivemos do mapa astrológico, nos tópicos anteriores, o signo que surge na linha leste do horizonte, nasce na cúspide, correto? Isso nos leva a conclusão de que ascendente e nascimento estão de mãos dadas.
Quando se fala em ascendente, necessitamos dizer que, é aquele que gera, que nasce; que promove; que se mostra; que quer mostrar e ainda, que deseja ter tal modo de se mostrar e um de ser observado. Portanto, o signo ascendente, antes de qualquer definição, é o signo que revela-se ao mundo em todos os seus aspectos.
O ascendente, a lua, o sol e o meio do céu configuram uma quadrúplice força cósmica muito importante do mapa astral de todos. Trata-se dos principais elementos constitutivos da personalidade humana.
E o ascendente sempre está lá. É comum pessoas de um signo solar serem reconhecidas erroneamente pelo seu ascendente. E esse fato prático apenas corrobora para aquilo que os astrólogos dizem há milênios.
O signo solar é o que somos na profundidade do ser, enquanto o ascendente é como parecemos, ou melhor, acendemos ao mundo! Portanto, levanto as questões; como está sua relação com seu signo ascendente? Tem aceitado ele? Gosta dele?
Não aceitar um ascendente pode ser extremamente danoso. Significa limitar-se e ausentar-se. Querer camuflar-se da vida! Que perigo! Pode ser sério.
Portanto, para constituir uma personalidade, saudável e vivaz, é deveras importante que lide bem com seu ascendente e converse com ele. Para que seu ego, seu “eu”, seu poder criativo de que tudo brota, sejam mantidos em controle e harmonia com os astros dos céus.
Como a astrologia diz, nesse momento único do corte do cordão umbilical, os astros lá em cima estão “manejando a vida”. O corte do cordão umbilical é, ao mesmo tempo, partilhado com a passagem do signo na casa. Instante de nascer, de aparecer, de se apresentar, que se tornará característica e papel dele, por toda a sua vida.